Geller disputa o comando da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), cujo orçamento para 2015 soma R$ 3 bilhões. A empresa é responsável por leilões de compra de alimentos e o repasse de subsídios a agricultores familiares. A capilaridade das ações da empresa é o que torna a estatal cobiçada por diversos partidos. Não é à toa que a Conab está loteada atualmente entre PT, PMDB, PROS e PTB.
Ele deixou o ministério depois que Dilma optou pela senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para comandar a Agricultura. Geller agora quer o apoio do seu partido para presidir a Conab. A sigla ocupa a diretoria menos expressiva da companhia atualmente, a de Recursos Humanos, e busca espaços mais importantes na estatal. Os peemedebistas estão de olho na Diretoria de Operações e Abastecimento, controlada hoje pelo PROS.
O ex-ministro, contudo, terá de negociar com Kátia Abreu para se fortalecer para a vaga.
Já César Borges (sem partido) é cotado para administrar a Empresa Brasileira de Logística (EPL), criada pelo governo para desenvolver projetos de infraestrutura. Ele foi ministro dos Transportes e dos Portos no primeiro mandato Dilma, mas perdeu força no PR, sigla que abandonou no ano passado.
Dnit
O ex-titular de Transportes Paulo Sérgio Passos (PR) pode ir para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Ele negocia a mudança com o PR, do qual é filiado. Em 2014, o Dnit administrou R$ 13,3 bilhões do orçamento global de R$ 20,7 bilhões destinado aos Transportes.
A ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior (PT) também deve assumir um posto estratégico fora da Esplanada dos Ministérios. Ela é cotada para a Caixa Econômica Federal, em substituição ao atual presidente do banco, o baiano Jorge Hereda, indicado pelo atual ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT). .