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Estado de Minas

Dilma antecipa volta da Bahia para desatar nós com a base aliada

Principal partido da base, o PMDB esbraveja para manter cargos e recuperar os que perdeu no primeiro mandato da petista


postado em 07/01/2015 12:44 / atualizado em 07/01/2015 12:50

Principal aliado do PT, o PMDB quer mais espaço no governo(foto: Bruno Peres/CB/D.A Press)
Principal aliado do PT, o PMDB quer mais espaço no governo (foto: Bruno Peres/CB/D.A Press)

Depois de cinco dias de descanso na Base Naval de Aratu (BA), a presidente Dilma Rousseff antecipou para a terça-feira a volta a Brasília, prevista para esta quarta. A presidente terá pela frente a missão de desatar os nós com a base aliada e com a definição do segundo escalão, além de cuidar pessoalmente do corte no Orçamento. Um dos primeiros reclames que a presidente vai ouvir é do PMDB, que esbraveja para manter os cargos que ocupa e recuperar os que perdeu ao longo do primeiro mandato de Dilma.

Depois da briga pública com o Palácio do Planalto, os peemedebistas decidiram levar os desentendimentos para os bastidores. Embora oficialmente haja o discurso de que não existe insatisfação do partido com o espaço que ocupou na reforma ministerial, com o comando de pastas de pouca capilaridade política, a tática interna é pressionar o governo ao máximo para não perder espaço no segundo escalão.

A estratégia é tensionar com as armas que a legenda tem, principalmente com o poder de aproveitar que o ano não será fácil para a presidente Dilma Rousseff dentro no Senado e jogar com o tamanho da bancada da Casa. A situação econômica aliada a uma oposição mais forte impulsionam os planos do PMDB.

Alguns peemedebistas dizem que o descontentamento é maior entre os interlocutores com o governo. A correligionários, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) tem dito que duas pessoas negociaram com a presidente o espaço na Esplanada e uma saiu insatisfeita. No governo, a orientação é amenizar as queixas.

O período de folga de fim de ano da presidente foi bastante conturbado. Na primeira parte, entre 25 e 29 de dezembro, a indefinição sobre o futuro de mais de 20 ministérios tirou o sono de aliados.


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