Brasília – Depois de quatro anos, o PMDB vai voltar ao posto de maior bancada da Câmara dos Deputados. Embora o PT tenha saído das urnas com o maior número de deputados (69), tomará posse em fevereiro em tamanho menor (64). Isso porque sete parlamentares eleitos pelo partido assumiram secretarias estaduais e ministérios. Devido a alianças locais, apenas dois dos suplentes que serão empossados no lugar dos que debandaram são petistas. Ao longo do mandato, a composição da Câmara pode sofrer novas mudanças, com a saída de deputados por motivos diversos.
Na prática, as maiores bancadas têm como vantagem maior poder de barganha com o Palácio do Planalto, já que podem ter peso fundamental na aprovação e rejeição de matérias de interesse da presidente Dilma Rousseff. A maior bancada da Casa ganha, ainda, simbolicamente, a preferência na indicação de um nome para a Presidência da Mesa Diretora, escolhida por votação.
PT e PMDB têm feito acordos para se alternarem na Presidência. Este ano, porém, Cunha e Arlindo Chinaglia (PT-SP) se enfrentam na disputa, que tem ainda Júlio Delgado (PSB-MG). A terceira bancada mais numerosa continua sendo a do PSDB (54) (AM).