Líder do PMDB e candidato à presidência da Câmara dos Deputados, Cunha é suspeito de ter recebido dinheiro do esquema por meio do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, que seria um dos funcionários do doleiro Alberto Youssef.
Perguntado por jornalistas, Padilha disse que não falaria sobre uma possível influência dos fatos na candidatura de Cunha, já que a recomendação é de que o Executivo não interfira no Legislativo.
"Dentre as três candidaturas, duas são da base do governo, e eu sou da base do governo. Portanto, opinar neste momento sobre elas seria contrariar a orientação da presidente (Dilma Rousseff), que é ficar longe da questão da sucessão da Câmara", falou.
Padilha limitou-se a afirmar que, hoje, é muito "prematuro" tirar conclusão sobre as informações que sugerem o envolvimento de Cunha. "O que nós lemos até hoje e ouvimos: ele (Cunha) com a convicção de que não existe nada. Não posso de nenhuma forma contrariar o que ele disse", falou.
"Tem que deixar para ver o que o Ministério Público vai falar. Qualquer coisa que anteciparmos seria tentar trabalhar com algum caráter de vidência e eu ainda não entrei nesse time. Trabalho com os pés no chão. É preciso esperar."
Segundo Padilha, se o Ministério Público disse que vai oferecer denúncia contra Cunha e outros suspeitos, isso será feito, já que se trata de um órgão "sério".