Disputa política pode ser motivo do atraso na nomeação do novo chefe da Polícia Civil

Titular que assumirá o comando da corporação é o único do primeiro escalão ainda não anunciado por Fernando Pimentel. Disputa política envolve pelo menos quatro delegados

Alessandra Mello
Delegado Wanderson Gomes tem o apoio do efetivo da Polícia Civil - Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press 25/11/13

Impasse na definição do nome do novo chefe da Polícia Civil. Até agora, o governador Fernando Pimentel (PT) não indicou quem vai comandar a corporação no estado. O cargo é o único do primeiro escalão que ainda não foi preenchido, apesar de o secretário de Defesa Social, Bernardo Santana (PR), que responde pela segurança pública no estado, ter sido o primeiro nome a ser divulgado por Pimentel, antes de assumir o Palácio Tiradentes. Já foram empossados até mesmo, em solenidade oficial, os comandos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

Nessa sexta-feira, um dos cotados para assumir o cargo, o delegado-chefe do Departamento de Operações Especiais (Deoesp), Wanderson Gomes, se reuniu por cerca de duas horas com Bernardo Santana, na sede da secretaria, na Cidade Administrativa. Também participou da reunião o delegado Marcos Silva Luciano, chefe do 2ª Departamento de Polícia Civil, que responde pelo município de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O encontro gerou especulações de que Wanderson pode ser o novo chefe da Civil e Marcos seu adjunto. O governo do estado, no entanto, não confirma as nomeações.
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, o nome deve ser anunciado por Pimentel nos próximos dias, mas em data ainda não definida. A Secretaria de Comunicação do estado também informou que ainda não há definição.

A falta de um comando geral na corporação tem causado desconforto, principalmente na chefia da Polícia Civil, toda nomeada no governo passado. Atualmente, a corporação está sob responsabilidade da delegada Maria de Lurdes Camili, que era adjunta de Oliveira Santiago Maciel, exonerado com todo o primeiro escalão do governo anterior.

Nos bastidores, é dado como certo que a demora na escolha do novo chefe da Civil tem motivação política. É que os petistas têm preferência pela delegada Andrea Vacchiano, que, caso escolhida, seria a primeira mulher a chefiar a Polícia Civil, mas parte do PMDB pressiona para que o indicado seja Wanderson. Por fora, com apoio de outro grupo do PMDB, correm os nomes dos delegados Rogério Mello Franco e Jeferson Botelho.

O chefe do Deoesp é considerado um dos melhores delegados da área operacional e tem o apoio de grande parte o efetivo da corporação. Andrea Vacchiano, que foi superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças da Polícia Civil, é mais reconhecida pela atuação na área de gerenciamento da polícia. A expectativa é de que o nome possa ser publicado no Minas Gerais de hoje ou na edição de terça-feira. Segundo apurou a reportagem, o governador garantiu a integrantes da corporação que o nome será definido o mais rápido possível.

HABITAÇÃO O engenheiro civil Claudius Vinicius Leite Pereira, que era presidente da Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel) na gestão do prefeito Marcio Lacerda (PSB), assume a presidência da Companhia de Habitação do estado. Ele foi empossado ontem depois de reunião do Conselho de Administração da Companhia.
O vice-presidente da companhia será Alessandro Marques, presidente do PSDC mineiro e que não se elegeu deputado estadual.

Comunicação

O novo presidente da TV Minas deve ser o jornalista Israel do Vale, que já foi diretor de programação e produção da emissora e gerente-executivo de conteúdo da TV Brasil (EBC). Para a Rádio Inconfidência, o nome cotado é o do radialista e ex-deputado Tancredo Naves. .