"Quando voltei do exílio, Marta tinha um programa de televisão e fiquei fã dela pela coragem em defender a sexualidade feminina e o direito ao orgasmo, coisa que era um tabu no Brasil. Tinha toda uma campanha contra ela, depois minha admiração cresceu quando ela foi prefeita de SP, foi uma boa prefeita", comentou Juca Ferreira, após a cerimônia de transmissão de cargo, em Brasília.
"Agora, como ministra eu não tenho uma avaliação, mas estou recebendo os resultados da comissão de transição e eu diria que não foi tão boa quanto ela foi prefeita da cidade. Ela se voltou contra mim - porque na verdade eu não estou na linha de tiro dela, vocês viram a entrevista do Estadão que não é comigo o conflito -, é porque eu fui mais aplaudido do que ela em um evento cultural", disse Ferreira.
O ministro afirmou que não pode ser punido pela sua popularidade. "Isso (a recepção positiva) são pessoas que reconhecem o trabalho que foi feito no governo do presidente Lula e queriam que essa política continuasse, e veem em mim uma possibilidade de continuidade. Eu não posso pagar por isso", comentou Ferreira.
Questionado pelo Broadcast Político se as declarações da petista não seriam uma forma de revanchismo, o ministro respondeu: "Não sei, o nome quem bota é vocês (dirigindo-se aos repórteres).".