O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta segunda-feira que a movimentação em torno da sucessão à Prefeitura de São Paulo, que começa a entrar em pauta com mais força depois da entrevista da senadora Marta Suplicy (PT-SP), não vai alterar os planos de seu partido com relação ao processo eleitoral.
Indagado pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, se esse posicionamento de Marta poderia forçar outros partidos, como o PSDB, a antecipar as discussões sobre a sucessão municipal, Alckmin disse: "Não pressiona em nada porque cada um tem o seu tempo."
Além de dizer que o PSDB não vai alterar seus planos ou entrar antecipadamente no processo sucessório à maior Prefeitura do País, a de São Paulo, nas eleições de 2016, Alckmin criticou essa antecipação: "Eu particularmente sou contra antecipar disputas eleitorais porque encurta o governo e prejudica a população."
Ocupada pelo petista Fernando Haddad, que deve disputar o segundo mandato com o apoio de seus padrinhos políticos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente reeleita Dilma Rousseff, a disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2016 deve ser uma das mais acirradas dos últimos anos.
Mesmo dentro do PT, a briga já começou com a manifestação da senadora Marta Suplicy, que poderá deixar o partido para entrar em outra sigla que lhe permita participar da disputa. Ela já está em conversações adiantadas com legendas como o Solidariedade, do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força.
No PSDB, apesar da declaração do governador Geraldo Alckmin, que deverá bater o martelo sobre o nome que integrará a cabeça de chapa da legenda nessa disputa, alguns correligionários já começam a se movimentar também neste sentido. Dentre os nomes que já demonstraram intenção de entrar nessa disputa estão o vereador Andrea Matarazzo e os deputados Bruno Covas e José Aníbal.