Brasília – A eleição em Belo Horizonte promete ser estratégica em plano nacional. Isso porque, depois de perder o governo de Minas Gerais no ano passado, o grupo do senador Aécio Neves (PSDB) quer garantir a permanência na prefeitura da capital, onde faz parte da base de apoio do prefeito Marcio Lacerda (PSB). A intenção é garantir holofote para o tucano concorrer novamente à Presidência da República em 2018. Já o PT entra com vontade na briga, uma vez que vê a chance de retomar a prefeitura – que comandou por duas décadas até 2012 – impulsionado pela vitória de Fernando Pimentel (PT) para o governo do estado no ano passado.
Nos bastidores, os tucanos, no entanto, já falam em nomes como o do próprio Pestana e os dos deputados federais Rodrigo de Castro e Domingos Sávio. O sonho do partido é lançar Antonio Anastasia, senador eleito e ex-governador. O tucano, porém, já avisou a Aécio Neves que deseja cumprir o mandato no Senado.
O PT quer recuperar a prefeitura depois de se desentender com Lacerda em 2012. Também enfrenta o mesmo desafio do PSDB de não ter um nome “natural” para a disputa. O último candidato do partido foi o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, que perdeu para Lacerda. Ele não demonstra vontade de voltar a disputar a prefeitura. Na lista de candidatos, estão o deputado Gabriel Guimarães e Miguel Corrêa Júnior. O último é, por ora, um dos favoritos do governador Fernando Pimentel. “Não vai ser uma briga fácil. Sabemos que Aécio tem forte votação na capital e deve entrar com força na disputa. Mas, ao mesmo tempo, chegamos ao governo de Minas, onde os tucanos estavam havia mais de 10 anos. Então, vemos espaço para a vitória”, avalia um cacique petista. (AA e GC)