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Estado de Minas

Chinaglia compara Eduardo Cunha a Demóstenes Torres


postado em 13/01/2015 18:49 / atualizado em 13/01/2015 18:25


O deputado federal Arlindo Chinaglia (PT/SP) comparou nesta terça-feira, o líder do PMDB na Casa Eduardo Cunha ao ex-senador Demóstenes Torres."Defender uma CPI de forma genérica é uma tentativa de se credenciar. Não preciso disso. Porque alguém defende tanto uma CPI? Já teve senador muito eloquente ped indo CPI, que depois foi flagrado na Operação Cachoeira", ironizou o petista no Piauí, onde faz campanha para a Presidência da Câmara.

Demóstenes ficou famoso por criticar a falta de ética de outros parlamentares, mas foi cassado em 2012 por seu envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira, pego da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Na semana passada, o líder do PMDB Eduardo Cunha, que também disputará a Presidência da Casa, passou pelo Estado. Em Teresina, Cunha disse, na ocasião, que quem não queria a CPMI da Petrobras é porque tinha medo da investigação.

Segundo Chinaglia, "para defender que deveria ter uma nova CPI, alguém teria que ter conhecimento sobre até onde vão as informações do caso. Os depoimentos estão aguardados. Para defender uma nova CPI, teria que ter o chamado fato determinado.", advertiu, dizendo que sua história lhe credencia e ele não precisa disso para se afirmar como candidato.

Seu adversário na disputa pela presidência, Cunha foi citado nos depoimentos da delação premiada do doleiro Alberto Youssef como sendo um dos beneficiários do esquema revelado pela Operação Lava Jato. Além disso, em um depoimento à Polícia Federal no ano passado, o agente da PF Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como "Careca" afirmou que entregou dinheiro para o peemedebista a pedido de Youssef. Careca é apontado pelos investigadores como um dos "carregadores de malas" do doleiro.

Sobre a disputa na Câmara, Chinaglia comentou que existe muita divisão entre os parlamentares na eleição da Câmara. "Eu diria que quase todas as bancadas se dividem na eleição da Câmara. Ser da base não anula divergências. Ali não é votação na pessoa jurídica, é na pessoa física. Os deputados escolhem aquele que entendem ser o que vai conduzir melhor a Câmara. Vai haver divisão na base e na oposição também. É normal. A eleição na Câmara não é uma continuidade da disputa das eleições gerais", argumentou.

No Piauí, Arlindo Chinaglia admitiu que deve ser votada uma reforma política negociada na Câmara ainda este ano. Ele frisou que não será tão ampla quanto muitos gostariam, mas tem que ter as mudanças. Chinaglia já foi presidente da Câmara de 2007 a 2008, quando a reforma entrou na pauta de votação.

"Quando eu era presidente da Câmara, coloquei em votação o relatório do deputado Ronaldo Caiado (DEM). Aliás, os únicos dois partidos que foram do começo ao final defendendo o projeto inicial da reforma política foram o PT e o DEM. Na hora que caiu na pauta o financiamento público e lista pré-ordenada, não evoluiu. A reforma não é tão ampla como muitos gostariam", comentou.


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