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Estado de Minas

Humberto Costa diz que Marta foi 'injusta', mas PT deveria mantê-la


postado em 13/01/2015 19:01 / atualizado em 13/01/2015 19:38

(foto: Jose Cruz/Agencia Senado)
(foto: Jose Cruz/Agencia Senado)

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou na tarde desta terça-feira, 13, que a ex-prefeita e colega de bancada Marta Suplicy (SP) foi "injusta" nas críticas que fez em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no domingo, 11, mas defendeu que o partido atue para garantir a permanência dela na legenda.

"Ao mesmo tempo em que acho que ela foi injusta, o partido deve fazer um esforço para mantê-la, é uma pessoa leal dentro da bancada", afirmou Costa, em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Na entrevista, a senadora fez ataques mais duros, ao afirmar que "ou o PT muda ou acaba" e chamar o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) de "inimigo" - para Marta, ele atua para ser candidato à sucessão de Dilma em 2018, embora negue isso publicamente. A parlamentar disse ainda ter tomado à frente do movimento "Volta, Lula", que defendia a candidatura do ex-presidente ao Planalto em 2014 no lugar de Dilma, por sentir que "ele sempre quis ser candidato".

Um dos poucos interlocutores de Marta no PT, Humberto Costa afirmou que a petista sempre teve reconhecida sua importância política pelo partido. Ele citou o fato de que ela foi candidata a prefeita, a governadora do Estado de São Paulo, ao Senado e, assim que assumiu o mandato de senadora, ocupou a Primeira-Vice-Presidência da Casa, cargo para o qual outros colegas da bancada abrirão mão de pleitear em prol dela. Ocupou ainda o Ministério da Cultura sob a presidência de Dilma Rousseff.

O líder do PT disse que Marta fez um excelente trabalho à frente do ministério, o que acabou não sendo valorizado pelas críticas que divulgou quando da saída dela, em novembro. "As questões que ela levanta podem ser objetos de discussão interna para o partido. Ruim é ter colocado publicamente, se ela tem essa visão", afirmou, ao defender um esforço para que o partido mantenha a senadora nos quadros partidários.

Humberto Costa, que pretende conversar em breve com Marta, disse que se a petista sair "vai cometer um erro de muitos de nós". "Concorrer a uma eleição municipal com mandato de senador", afirmou ele, que foi derrotado na disputa à prefeitura de Recife (PE).

Para o líder do PT, a perspectiva eleitoral de Marta - que deseja concorrer em 2016 novamente à prefeitura de São Paulo (SP) - não é boa. Ele citou o fato do acordo de petistas e peemedebistas do município terem fechado um acordo de olho na eleição municipal, o que dificultaria a ida dela para o PMDB. O PT paulistano fechou questão em prol da reeleição de Fernando Haddad. "Em ela indo para outro partido de posição menos importante, a tendência é, talvez, de ela nem chegar ao segundo turno", afirmou. Segundo Costa, se Marta ficar no PT, ela terá o mesmo tratamento que sempre teve no Senado.


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