Vaccarezza vem enfrentando o isolamento no partido desde que passou a liderar, a pedido do presidente Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o grupo de trabalho que discutiu uma proposta de reforma política na Casa. O PT, que insistia na aprovação de um plebiscito para a reforma política, considerou que o deputado não representava a sigla nas discussões. No ano passado, a cúpula do partido chegou a discutir se daria ou não a legenda para que o deputado disputasse a reeleição.
A aliados de outras siglas, Vaccarezza reclama da falta de espaço no PT, diz que a presidente Dilma Rousseff alijou os militantes mais antigos do comando partidário e conta que sofreu boicote até de material de campanha em 2014. "Ele reclama muito que tiraram a eleição dele em São Paulo", revelou um deputado.
No último pleito, o PT perdeu 17 cadeiras na Câmara dos Deputados. Em São Paulo, berço político do partido, os petistas conquistaram apenas 10 vagas ante as 15 da eleição anterior. "Está todo mundo insatisfeito. A situação não está boa no PT", tem dito o parlamentar, que a partir do próximo mês (quando terminará o mandato) voltará a trabalhar como médico.
Aos amigos de Parlamento, Vaccarezza tem repetido que o PT "entrou numa rota de hipocrisia generalizada", que é preciso construir uma alternativa ao partido e que procura um caminho político à esquerda.
Vaccarezza acredita que Marta Suplicy também deve aderir ao Solidariedade do deputado Paulo Pereira da Silva (SD) e afirma nos bastidores que trabalhará pela candidatura da senadora à Prefeitura de São Paulo em 2016, independentemente de onde estiverem abrigados..