O jornal O Estadão de S.Paulo revelou nesta sexta-feira, 16, que as investigações da Aeronáutica, a serem divulgadas em fevereiro, concluíram que o acidente foi causado por erros do piloto, que não tinha treinamento para a aeronave. Martins também falhou no uso de "atalho" para acelerar o procedimento de descida do Cessna 560 XL. O piloto havia sido obrigado a abortar o pouso e arremeter bruscamente, operando os aparelhos em desacordo com as recomendações do fabricante do avião e acabando por sofrer uma "desorientação espacial", inclinando a aeronave em direção ao solo quando acreditava estar voando para cima.
O acidente aconteceu durante a campanha presidencial, quando Campos se deslocava do Rio de Janeiro para um compromisso no Guarujá, litoral de São Paulo. Durante a campanha, foram levantadas dúvidas sobre a propriedade do jato Cessna Citation e suspeitas de que a aeronave teria sido paga com dinheiro de caixa 2. Três empresários de Pernambuco ligados ao presidenciável se apresentaram como compradores do jatinho. O PSB chegou a informar que os valores pelo uso do jatinho seriam lançados na prestação de contas da campanha, o que não ocorreu.
Nesta sexta-feira, 16, o irmão do presidenciável, o advogado Antônio Campos, divulgou nota em que afirma que a conclusão da Aeronáutica é prematura, uma vez que os laudos existentes são inconclusivos e o inquérito não foi encerrado.
Antônio Campos disse "estranhar" a divulgação do relatório da Aeronáutica e contou que esteve na quinta, 15, com o procurador da República responsável pelo caso, Thiago Nobre. Segundo o advogado, o procurador não dispunha ainda do resultado de todas as perícias, mas se comprometeu em concluir os inquéritos policial e civil no próximo mês. "Estas poderão ainda não ser definitivas sobre o caso, podendo ter provas complementares", salientou..