A defesa de Cerveró entregou à Justiça Federal, nos autos da Lava Jato, um parecer jurídico particular contratado por ele no ano passado. O documento, feito com base em informações do contratante a respeito do negócio, atribui culpa ao Conselho de Administração, que além de Dilma era integrado pelo ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli e pelo ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci.
Cerveró foi levado ao centro do debate da Petrobrás quando a presidente disse ao Estado, em março de 2014, que só aprovou a compra de Pasadena porque recebeu informações incompletas de um parecer técnica e juridicamente falho. O relatório foi elaborado pela Diretoria Internacional, na época chefiada por Cerveró.
O ex-diretor, que foi preso na madrugada da terça-feira passada, deverá prestar depoimento sobre a refinaria na próxima semana. No parecer contratado, seus advogados sustentam que ele não pode ser responsabilizado individualmente pela decisão de compra de Pasadena e eventuais ilegalidades. Fica claro que o Conselho de Administração não observou as normas internas, imperativas, da Petrobrás que regiam tais tipos de aquisições, o que demonstra uma violação do dever de diligência.
O parecer fala ainda em grave falha do Conselho de Administração e cita a aprovação de compra com base apenas no Resumo Executivo, como uma desconformidade com as regras internas da Petrobrás. (Fausto Macedo e Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba) As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..