Doleiro Youssef deve denunciar outros políticos para Operação Lava-Jato

Até o momento, no acordo de delação premiada, o doleiro já produziu 57 anexos com temas diferentes

João Valadares
Brasília – A munição do doleiro Alberto Youssef contra políticos ainda é grande.
Em Curitiba, nos bastidores do Ministério Público Federal, da Justiça Federal e entre advogados criminalistas, circula a informação de que ele, um dos principais operadores do esquema, preso na carceragem da Polícia Federal desde 17 de março, não contou ainda nem metade do que sabe sobre o envolvimento de autoridades no maior escândalo de corrupção da história do país.

Até o momento, no acordo de delação premiada, o doleiro já produziu 57 anexos com temas diferentes. Uma força-tarefa de procuradores acredita que Youssef será a principal fonte nesta fase da operação. Esse grupo vai se debruçar sobre o material produzido pela Operação Lava-Jato com o objetivo de avançar nas investigações que apontam a participação de políticos com foro privilegiado.

Deprimido na cadeia, o doleiro já avisou a pessoas próximas que não tem mais nada a perder. Repete a todo instante que só pensa na família e nos filhos. Separou-se da mulher na prisão, está bem mais magro e envelhecido. Ele divide a cela com um preso comum. .