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Estado de Minas

Cunha chama Fontana de líder 'fraco, desagregador e radical em suas posições'

A eleição da presidência da Câmara colocou os dois principais partidos da base da presidente Dilma Rousseff, o PT e o PMDB, em linha de colisão


postado em 22/01/2015 12:37 / atualizado em 22/01/2015 12:51

O deputado Eduardo Cunha é candidato a presidente da Câmara para o biênio 2015/2016(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
O deputado Eduardo Cunha é candidato a presidente da Câmara para o biênio 2015/2016 (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

Brasília - Irritado com declarações feitas nessa quarta-feira, 21, pelo líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), o candidato do PMDB à presidência da Casa, Eduardo Cunha (RJ), atacou o petista e chamou-o de "fraco, desagregador e radical em suas posições". Segundo Cunha, a bancada peemedebista não reconhecerá mais a liderança de governo de Fontana.

"O senhor Fontana sempre foi um líder fraco, desagregador, radical em suas posições e que levou o governo a várias derrotas pelas suas posições", disse Cunha, por meio de sua conta no Twitter. "A bancada do PMDB na Câmara não reconhecerá mais a sua liderança e não se submeterá mais a ela. Não participaremos de nenhuma discussão sobre matérias de governo em que ele seja o interlocutor", acrescentou.

Nesta quarta, Fontana convocou uma coletiva de imprensa na qual classificou de "inaceitável" Cunha dar publicidade a uma suposta gravação contra o peemedebista que teria sido articulada pela cúpula da Polícia Federal. "Acho um erro trazer um assunto como este para o centro da disputa", comentou. Fontana avaliou que a candidatura para a presidência da Câmara de Arlindo Chinaglia (PT-SP), nome apoiado informalmente pelo Palácio do Planalto, está "crescendo muito".

Para Cunha, "inaceitável" é a interferência de Fontana, enquanto líder do governo, na disputa pela sucessão do comando da Câmara. "Ele se comporta como líder do PT no governo e não como líder de um governo que tem vários partidos na sua base", afirmou Cunha na rede social.

A eleição da presidência da Câmara para o próximo biênio, marcada para o dia 1º de fevereiro, colocou os dois principais partidos da base da presidente Dilma Rousseff, o PT e o PMDB, em linha de colisão. O Palácio do Planalto considera Cunha um candidato "de oposição" e mobilizou ministros para fortalecer Chinaglia. O peemedebista, por outro lado, acusa seu adversário de representar "submissão" ao governo e tem reiterado que a ingerência do Executivo causará fissuras na relação com os partidos da base. Há ainda um outro candidato, o líder do PSB, Júlio Delgado (MG).


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