Destituído do cargo em assembleia convocada pelo conselho da companhia no início de janeiro, Marcelo Arruda Nassif foi reconduzido para um dos postos mais estratégicos da Codemig, a Diretoria de Mineração e Negócios, que, entre outras atribuições, gerencia a receita apurada pelo estado com a extração de nióbio. Nassif era um dos principais auxiliares de Osvaldo Borges da Costa Filho, que presidia a Codemig na gestão tucana e foi sucedido por Marco Antônio Castelo Branco, ex-presidente da Usiminas.
Para a diretoria de Finanças e Administração, foi indicada Paula Vasques Bittencourt, ex-diretora de Relações com Investidores e ex-chefe de gabinete do então presidente da Copasa Márcio Nunes, que deixou o comando da companhia em 2009 para assumir a presidência da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig). Exonerada recentemente da presidência da Fundação Clóvis Salgado, Fernanda Medeiros Azevedo Machado assume da Diretoria de Gestão de Negócios da companhia de desenvolvimento.
Continuidade
Na Cemig, agora presidida por Mauro Borges, o governo também vai manter diretores indicados pelos governos do PSDB: Ricardo Schubert , atual diretor de Distribuição; Luiz Fernando Rolla, diretor de Finanças e Relações com os Investidores; e Ricardo José Charbel, diretor de Distribuição e Comercialização. Fernando Henrique Schuffner Neto também continua na Diretoria de Desenvolvimento e Negócios, mas seu nome foi indicado por uma das empresas controladoras da Cemig. O comando central passará a ter 10 integrantes, com a extinção diretoria de Comunicação. O Conselho de Administração da empresa foi empossado ontem.
Para a vice-presidência da estatal de energia, foi confirmado o nome do advogado e coordenador da Comissão de Direito Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Mateus Moura, cujo escritório advoga para o PMDB, partido do vice-governador Antônio Andrade (PMDB), há várias eleições. Moura foi indicado por Andrade, que segundo integrantes do próprio PMDB, pretendia colocar no cargo seu filho, o engenheiro civil, Eduardo Lima Andrade Ferreira, mas o nome teria sido barrado pelo próprio governador.
Eduardo Ferreira, que integrou a comissão de transição de Pimentel, vai presidir a Gasmig, para onde também serão nomeadas pessoas ligadas ao governo do PSDB. Lídia Maria Franco Garcia, ex- gerente de Planejamento Financeiro e Aquisição de Gás da Cemig e ex-suplente do conselho da Forluz , fundação de seguridade dos empregados, até dezembro de 2014, é cotada para assumir a Diretoria Financeira da empresa, cargo que ocupou interinamente também durante gestão tucana. Sérgio da Luz Moreira, superintendente de Desenvolvimento de Negócios de Distribuição, vai ser mantido.
Um dos nomes preferidos do PMDB para a vice-presidência da Cemig, o engenheiro Aloisio Vasconcellos, ex-presidente da Eletrobrás no governo Luiz Inácio Lula da Silva e que foi candidato a vice-prefeito na chapa petista em 2012, vai comandar a Cemig Telecom, braço da estatal de energia para o setor de telecomunicações. A indicação de Vasconcelos acalmou os ânimos dos peemedebistas, contrários à indicação de Mateus Moura que não tem vínculo com o partido, a não ser o de amizade com o vice-governador.
No Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), cujo diretor será Marco Aurélio Crocco Afonso, foi indicado para um dos cargos de comando Carlos Fernando da Silveira Vianna, assessor de Inovação na gestão passada.
Canetada para a cultura
O governo do estado nomeou ainda ontem os coordenadores das fundações e empresas ligadas à área da cultura e também o secretário-adjunto da pasta, Bernardo Novais da Matta Machado. O secretário é o peemedebista e ex-prefeito de Ouro Preto Angelo Osvaldo (PMDB).
.