Segundo a presidente do PPS em Minas Gerais, deputada Luzia Ferreira, ainda não foi possível reunir os três parlamentares eleitos, mas a legenda formou nacionalmente um bloco com PSB, PV e SDD e o desejo é que isso possa se repetir nos estados. “O PPS sempre esteve apoiando o governo do PSDB, o caminho natural seria integrar a oposição, mas há essa situação nacional, de formar bloco com PV e PSB, por isso a bancada está conversando”, disse.
Sozinhos, PV, PPS e PSB – o SDD não elegeu nenhum deputado estadual – teriam 10 cadeiras na Assembleia, número insuficiente para formar um bloco. De acordo com Luzia, a decisão do PPS levará em conta a ocupação de espaços nas comissões da Casa. “Quem estiver no bloco independente não estará alinhado com Pimentel, alguns serão mais governo e outros até oposição, ele dá essa liberdade”, afirmou.
DÚVIDA
O líder da maioria, deputado Gustavo Valadares (PSDB), refutou a informação de que o PPS vá abandonar a oposição. “O PPS está firme conosco, estou acreditando na palavra dos deputados com quem já conversamos. Dois estão a nosso favor”, afirmou.
Para Valadares, o PV está exercendo “o pior dos papéis, porque se venderam no dia seguinte às eleições usando o argumento de que serão independentes”. O líder disse que, por enquanto, a oposição tem 18 nomes do PSDB, PP, PTB e DEM.
Já Durval Ângelo coloca o PPS na conta do bloco alternativo, com o qual conta para engrossar a base de governo. “Estamos surpresos com adesões, porque realmente as propostas do Pimentel estão sensibilizando deputados que apoiaram o outro governo.” Segundo o petista, além do PPS, já estão no grupo dos independentes PV, PSD, PSB, PSC, PEN e PTC. Durval e o secretário da Casa Civil e Relações Institucionais, Marco Antônio Rezende, almoçam amanhã com os independentes. Segundo o líder, já confirmaram presença PV, PR e PSD. Sobre o não crescimento do bloco oficial governista, Durval disse tratar-se de estratégia que lhes dará de nove a 11 escolhas de comissões. “Não é interessante crescer demais um bloco, tem que ter equilíbrio para a distribuição das comissões pela proporcionalidade.”.