Eduardo Cunha aposta no voto secreto para se eleger presidente da Câmara

Estado de Minas
São Paulo – Depois de almoçar com a bancada paulista do PSDB em São Paulo, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse ontem que o fato de a eleição para a presidência da Câmara ocorrer por meio de voto secreto vai ajudá-lo a vencer a disputa no primeiro turno.
“Se há o constrangimento de alguns serem pressionados por quem quer que seja para não votar em mim, o voto secreto, obviamente, me ajuda”, afirmou. Oficialmente, os tucanos declararam apoio ao deputado Júlio Delgado (PSB-MG). Na passagem por São Paulo, Cunha defendeu o financiamento privado de campanhas eleitorais.

Caso os deputados sejam fiéis às orientações dos partidos, o peemedebista larga na frente dos adversários, com 161 votos, somadas as bancadas de seis legendas (PMDB, PTB, DEM, PRB, SD e PSC). Nesse caso, a eleição iria para o segundo turno, já que o vencedor precisa de ao menos 257 votos. Cunha, no entanto, está mais confiante. “A gente tem a segurança absoluta de que vai ser resolvido no primeiro turno”, disse o peemedebista. Ele não falou publicamente, mas coloca nessa conta votos de dissidentes do PSDB.

A bancada tucana está rachada, porque parte dos deputados acredita que é melhor votar em Cunha logo no primeiro turno para afastar as chances de vitória de Arlindo Chinaglia (PT-SP).
A orientação do presidente nacional do partido, Aécio Neves (PSDB-MG), no entanto, é o apoio a Delgado. Depois da reunião com Cunha, o presidente do PSDB paulista, deputado Duarte Nogueira, disse que não pode garantir 100% de apoio dos tucanos a Delgado. “O voto é secreto. Temos a orientação da bancada, mas não posso abrir o voto de cada colega.”.