Diferentemente dos adversários, Alencar disse que não defenderá a construção de um novo anexo para os deputados ou aumento salarial. "Já ganhamos muitíssimo bem, estamos no teto do funcionalismo público", argumentou o deputado, que prega apenas a reposição salarial de acordo com a perda inflacionária do período. O deputado contou que tem ouvido sugestões para colocar "um pontinho de agrado" aos colegas, mas reiterou que não o fará.
O candidato disse ter ficado "impressionado" com os gastos de campanha dos outros candidatos, mas declarou que não desembolsará nada porque sua campanha será focada em ações na internet.
"Considero desnecessário (gastar com a campanha) porque o colégio eleitoral é pequenininho, são só 513", justificou. Para ele, a "estrutura poderosa" que prevalece sobre a campanha pela presidência da Casa reflete as campanhas eleitorais em todo o País, onde só se elege "quem tem muito dinheiro".
O PSOL, que tem cinco deputados, não terá o apoio formal de nenhum partido. "A gente apela para a consciência de cada parlamentar sobre a necessidade de um novo parlamento", afirmou. Mesmo com chances reduzidas de vencer a disputa, Alencar disse que o partido só discutirá apoio no segundo turno no dia da votação.
A preocupação do candidato neste momento é com os boatos de que os deputados estão sendo orientados a tirar fotos para comprovar que votaram no candidato determinado pelos blocos. A medida serviria para evitar dissidências.
Alencar disse que, se eleito, pautará discussões de interesse da sociedade, entre elas a reforma política, e temas como o casamento igualitário entre pessoas do mesmo sexo..