Pelo menos por enquanto, ninguém pretende abrir mão de suas pretensões. Alencar da Silveira alega que a participação do PDT na Mesa Diretora foi definida em comum acordo com as demais legendas, e a postura de Sargento Rodrigues pode inviabilizar toda a costura política. “Uma candidatura do Sargento Rodrigues será avulsa, mas se isso acontecer (duas candidaturas), o PDT terá que decidir o que vai querer na composição da Mesa”, disse o parlamentar.
Já Sargento Rodrigues argumenta que a primeira-secretaria demanda um parlamentar com maior experiência e conhecimento do Legislativo – pré-requisitos em que ele garante se encaixar. Ele vai iniciar o quinto mandato no domingo, enquanto o indicado para o cargo, Ulisses Gomes (PT), está encerrando o primeiro mandato. Entre 2009 e 2010, Rodrigues foi o terceiro-secretário da Assembleia.
“Tenho um olhar voltado para dentro da Casa muito mais aguçado. Tenho mais conhecimento do funcionamento da Casa e das demandas dos deputados”, justifica Rodrigues, que contou já ter angariado o apoio de vários colegas de plenário.
Mas resta saber se os demais partidos vão entregar dois cargos a uma mesma legenda. Se não houver mudanças até domingo, o próximo presidente da Assembleia será Adalclever Lopes (PMDB), na vaga hoje ocupada por Dinis Pinheiro (PP). Para as três vice-presidências, foram indicados Hely Tarquínio (PV), Laffayete Andrada (PSDB) e Bráulio Braz (PTB). A terceira secretaria deve ser ocupada por Wilson Batista (PSD).
A eleição da Mesa Diretora será no domingo, logo depois da posse dos 77 deputados eleitos em outubro. Ao contrário dos anos anteriores, a votação será aberta, por meio de registro no painel eletrônico. O novo presidente é empossado imediatamente pelo parlamentar mais velho, Hely Tarquínio, e empossa os demais integrantes da direção do Legislativo. .