Em nota divulgada pela assessoria do MPF, o coordenador da força-tarefa, o procurador da República Deltan Martinazzo Dallagnol, afirma que o site reforça o compromisso do órgão "com a transparência e a prestação de contas do trabalho já realizado". "Trata-se da maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o país já teve. Com as denúncias, o MPF começa a romper a impunidade dos poderosos grupos econômicos e políticos que, há muitos anos, articulam-se contra os interesses do país", disse Dallagnol em nota. O objetivo é que o site seja atualizado constantemente com os novos desdobramentos da Operação.
O site compila ainda os principais resultados, em números, da Lava-Jato até agora. Os crimes já denunciados envolvem cerca de R$ 2,1 bilhões, sendo que R$ 450 milhões já são considerados recuperados e R$ 200 milhões foram bloqueados em bens. Os números consideram atualizações até dezembro.
É possível ainda tirar dúvidas como o que originou a Operação e qual a relação do caso com outros escândalos, com o do Banestado no qual o doleiro Youssef também estava envolvido. Com linguagem didática e com uso de artes e diagramas, o site traz curiosidades como "por que alguém procura um doleiro?". Estão disponíveis explicações de termos técnicos como o conceito de delação premiada e empresa offshore. Há ainda uma área de interação com o MPF, por meio de um link "denuncie aqui", que disponibiliza um endereço de e-mail para contato.
Equipe
Duas equipes trabalham na linha de frente dos desdobramentos da Lava-Jato. A primeira, a chamada de Força Tarefa, atua na Justiça Federal do Paraná, onde o caso é conduzido. Fazem parte deste grupo os procuradores da República Deltan Martinazzo Dallagnol, Antônio Carlos Welter, Carlos Fernando dos Santos Lima, Januário Paludo, Orlando Martello Junior, Athayde Ribeiro Costa, Diogo Castor de Mattos, Roberson Henrique Pozzobon, Paulo Roberto Galvão e Andrey Borges, que atua como colaborador.
Em Brasília, um grupo de trabalho instituído na última semana pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, atua para auxiliar o PGR nos processos em trâmite no Supremo, com investigação e acusação de parlamentares e autoridades que têm foro privilegiado. O segundo grupo é composto pelos procuradores regionais da República Douglas Fischer, Vladimir Aras, Danilo Dias; pelos procuradores da República Andrey Borges de Mendonça, Bruno Calabrich, Fábio Coimbra, Rodrigo Telles de Souza, Daniel Resende Salgado; e os promotores Sergio Fernandes e Wilton Queiroz..