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Estado de Minas

Tucano diz que criação de novas CPIs não representa pressão ao governo

"Uma CPI dá repercussão política e é um lugar onde as pessoas podem falar fora do Judiciário", disse o líder do PSDB no Senado, senador Aloysio Nunes


postado em 30/01/2015 12:07 / atualizado em 30/01/2015 12:13

Brasília - O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), considerou na manhã desta sexta-feira que a criação de novas CPIs na retomada dos trabalhos do Congresso não significa um gesto de pressão contra o governo, mas de colaboração com os órgãos investigativos. "Defendemos a CPI da Petrobras e eventuais ramificações. Não se trata de pressionar o governo, mas de colaborar com os órgãos que estão investigando esses problemas. Uma CPI dá repercussão política e é um lugar onde as pessoas podem falar fora do Judiciário", disse.

O tucano também ressaltou que o partido está fechado com a candidatura do senador Luiz Henrique (PMDB-SC) na disputa para a Presidência do Senado. Na Câmara, embora haja sinalização de debandada de alguns setores do PSDB, o senador afirmou também que o partido apoiará a candidatura de Júlio Delgado (PSB-MG) para o comando da Casa. "Vai ser um ano de grande confusão política, econômica e social. A presidente Dilma (Rousseff) começa este segundo mandato inteiramente perdida, com más notícias para todo lado. Precisamos ter uma presidência da Câmara e do Senado com respeitabilidade, com apoio político e social, ressaltou".

Há dois anos na liderança do PSDB, Aloysio Nunes deve deixar o posto neste sábado, quando está prevista uma reunião da bancada do partido para eleger o novo líder no Senado. "Já cumpri dois anos, acho que é a hora de passar o encargo para outro companheiro".

Integrantes da bancada do PSDB na Câmara e no Senado se reúnem nesta sexta-feira em Brasília para discutir a crise do setor elétrico, a situação da Petrobras e a conjuntura política nacional. Também estarão na pauta discussões paralelas sobre as eleições das presidências da Câmara e do Senado, marcadas para este domingo. A reunião dos tucanos ocorrerá durante todo o dia.

O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), defendeu hoje que, no retorno das atividades do Congresso, sejam instaladas quatro Comissões Parlamentares de Inquérito. Entre os temas citados pelos tucano que devem ser alvo das investigações, estão Petrobras, fundos de pensões, bancos oficiais e setor elétrico. "A presidente Dilma (Rousseff) foi a principal gestora do setor nesses últimos doze anos", ressaltou o líder, ao tratar especificamente das questões do setor elétrico. Segundo ele, é necessário que sejam investigados os motivos dos apagões ocorridos recentemente no País, assim como o aumento nas tarifas do setor.


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