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Estado de Minas

Resultado fiscal mostra que governo priorizou eleições em vez do país, diz Aécio

Medidas que agora estão sendo tomadas, se tivessem sido tomadas de forma responsável ao longo do ano passado, certamente minimizariam os efeitos para a população brasileira", afirmou Aécio


postado em 30/01/2015 13:46 / atualizado em 30/01/2015 13:52

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), considerou nesta sexta-feira que os resultados negativos das contas do setor público são um "veneno" oriundo da "irresponsabilidade" do governo Dilma na área econômica.

Últimos dados do Banco Central revelam que em 2014 as contas do setor público registraram déficit primário pela primeira vez desde 2001, quando começou a atual série histórica. Isso significa que os gastos do governo central, Estados, Municípios e empresas estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras, foram maiores que as receitas em R$ 32,5 bilhões, quantia que representa 0,63% do Produto Interno Bruto (PIB).

"O que estamos percebendo agora de forma clara é que o governo não priorizou o Brasil. Priorizou as eleições. Medidas que agora estão sendo tomadas, se tivessem sido tomadas de forma responsável ao longo do ano passado, certamente minimizariam os efeitos para a população brasileira", afirmou Aécio ao chegar em evento das bancadas do PSDB da Câmara e do Senado em Brasília.

"Certamente quem vai pagar a conta da incompetência e da irresponsabilidade do governo Dilma são os mais pobres", emendou o tucano.

Na análise dele, o modelo econômico do atual governo tem causado impactos diretos no bolso dos cidadãos. "A receita do atual governo é fazer o ajuste pelo aumento de imposto por um lado e a supressão de direitos trabalhistas por outro. Essa não é a receita do PSDB", ressaltou.

O presidente do PSDB também comentou sobre o rebaixamento de todas as notas de crédito da Petrobras. Em meio às denúncias de corrupção, a Agência Moody's rebaixou de novo ratings da estatal pela terceira vez em quatro meses, sinalizando outra possível revisão no futuro.

"É uma vergonha. Destruiriam a nossa maior empresa e não tiveram sequer a capacidade de, reconhecendo os desvios, minimizar as perdas. Hoje a perda de grau de investimento feita pela Moody's é uma sinalização clara de como o mundo vê o Brasil e não é só a Petrobras. Infelizmente, o Brasil hoje está provando o veneno de um governo que agiu irresponsavelmente ao longo dos últimos anos", afirmou.

O tucano também, assim como outros líderes do partido, defendeu a recriação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para investigar os desvios ocorridos na Petrobras, hoje investigados pela força-tarefa da Lava Jato.

"Devemos centrar fileira para imediatamente nesta semana colher as assinaturas necessárias para a recriação da CPMI da Petrobras além de outras que estão sendo cogitadas. Mas a prioridade deve ser o Congresso Nacional retomar as investigações em relação aos desvios da Petrobras", disse.


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