O PT chegou a propor na sexta-feira, 31, apoio à candidatura do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara. Em troca, Cunha e sua base teriam de se comprometer em apoiar um candidato petista à presidência da Câmara, daqui a dois anos.
A posposta, segundo o vice-líder do PMDB na Câmara, Darcísio Perondi, foi feita ontem, por volta das 18:00, pelo deputado Ricardo Barros (PP). De acordo com Perondi, Barros foi até a sala da liderança do partido da Câmara e ofereceu o rodízio. Eles teriam sido orientados, segundo Perondi, pelo deputado federal Pepe Vargas (PT-RS) e pelo ministro da Defesa, Jaques Wagner.
"A ideia era que o Arlindo Chinaglia (PT-SP) retirava a sua candidatura e apoiava Eduardo. O acerto era para que, daqui a dois anos, nós apoiaríamos o candidato do PT para a presidência da Câmara", disse Perondi, após participar de um café da manhã neste sábado em Brasília, para apoio à candidatura de Eduardo Cunha. "O Ricardo Barros foi lá. E nossa resposta foi não. E foi categórica. Isso só demonstra uma certa anemia do outro lado", disse Darcísio Perondi.