Com esses dados em mãos, o atual líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), considerou que o partido deverá conviver com a nova realidade imposta pelo racha da base aliada ocorrida em razão da disputa da presidência da Câmara marcada para hoje.
"Vejo com tristeza esse retrato porque aconteceram essas ramificações entorno dos blocos e eles conseguiram fazer um bloco maior e a consequência disso é eles terem preferência nas primeiras indicações", afirmou o petista.
Entre as comissões que devem sair das mãos dos petistas está a de Constituição e Justiça e a de Finanças. Pela primeira passam, quase que obrigatoriamente, todas as propostas que tramitam na Casa, além de possíveis processos de cassação de parlamentares, antes de seguirem para o Plenário. Já no caso de Finanças, o colegiado é responsável por apresentar pareceres sobre a adequação financeira e orçamentária das proposições.
"É um impacto muito ruim. Por isso que falo que minha reação é de tristeza. Um impacto muito duro, ruim, mas temos que atuar de acordo com a realidade que existe. O PMDB conseguiu fazer um bloco maior do que o nosso. Quando a gente conseguia a gente escolhia e pela primeira vez isso aconteceu.
De acordo com a ordem de escolha da presidências das Comissões, o partido ficará com a quarta escolha. Em razão de ter feito um acordo na formação do bloco para a presidência da Câmara, os petistas poderão ceder a vaga para o maior partido do grupo que é o PSD, na sequência viria o PR e o PROS. Dessa forma, os petistas seriam empurrados para a presidência de comissões ainda menos relevantes dentro da Casa.
Segundo Vicentinho, essa questão da presidência dos colegiados ainda não foi definida internamente e deve ser alvo de novos debates nas próximas semanas quando os partidos indicam os nomes para comporem as comissões. "Em relação à Mesa Diretora estamos indicando outros partidos para compô-la como o PROS, PSD e PR, em razão do acordo feito. Mas não posso falar ainda das comissões porque não deliberamos sobre isso", disse o petista..