A presidente da Petrobras, Graça Foster, está reunida na tarde desta terça-feira, com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. A situação da presidente da estatal se agrava a cada dia, diante dos problemas que estão sendo enfrentados pela empresa. Hoje, a agência de classificação de risco Moody's afirmou que o rating da Petrobras pode ser novamente rebaixado se a relação dívida líquida/Ebitda da companhia ficar acima de 5 vezes por um período prolongado. A afirmação consta de um relatório que visa responder perguntas frequentes dos investidores sobre a companhia. A estatal está no foco das denúncias da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, envolvendo situações de corrupção.
Durante o fim de semana, a presidente Dilma, que ainda resistia em manter a amiga por mais um pouco de tempo no cargo, reconheceu que a atual presidente da estatal perdeu condições políticas para continuar no posto. Mais cedo, o Palácio do Planalto negou que Graça Foster fosse deixar o cargo.
O fato é que Graça sofreu mais um grande desgaste político e se enfraqueceu ainda mais ao tentar considerar que foi de R$ 88 bilhões o prejuízo da estatal por causa dos desvios que estão sendo anunciados, ao declarar que a exploração de petróleo cairá "ao mínimo necessário" e ao anunciar que vai cortar investimentos e desacelerar projetos., na semana passada. O fato é de que a saída de Graça Foster da Petrobras, é só questão de tempo ou até de horas.
Graça Foster foi chamada a Brasília por Dilma para uma conversa sobre a situação da empresa. Inicialmente, a ideia era mantê-la no cargo para ela continuar funcionando como um "colchão", uma barreira para que a crise da empresa não atinja o Planalto e a própria presidente Dilma Rousseff diretamente.