Brasília – Os nomes que vêm sendo apontados como favoritos para presidir a Petrobras no lugar da Graça Foster têm grande aceitação entre os analistas de mercado.
“Henrique Meirelles é um coringa: sempre aparece quando se fala que o governo vai nomear alguém na área econômica. Rodolfo Landim é muito bem aceito por ser do ramo. Roger Agnelli, ainda que seja de outra área, é um grande executivo”, comentou Ricardo Nogueira, superintendente de operações da Corretora Souza Barros. Na avaliação dele, a confirmação de qualquer um desses executivos fará com que as ações da companhia continuem a subir, como ocorreu ontem.
“Quem decide trocar a diretoria toda acredita que tem que haver uma mudança de rumos. Foi mais ou menos o que aconteceu nas nomeações para o Ministério da Fazenda no segundo mandato Dilma”, afirmou Arnaldo Curvello, diretor de gestão de recursos da Ativa Corretora.
Landim , ex-diretor da Petrobras, é o preferido do mercado.
Saiu da Petrobras numa época em que muitas pessoas estavam deixando a empresa, atraídas por Eike Batista, mas deixou o Grupo X antes que os problemas aparecessem. Um possível empecilho é que tem participação em uma empresa na área de petróleo, o que pode configurar conflito de interesses. Agnelli construiu uma sólida reputação no comando da Vale. Mas deixou a empresa por pressão do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. É improvável, embora não impossível, que as rusgas tenham sido superadas. Meirelles, ex-presidente do Banco Central (BC) já foi cotado para vários cargos, inclusive o de ministro da Fazenda.
O presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras, Silvio Senedino, diz que os funcionários vão trabalhar contra a indicação de nomes de mercado. “Defendemos a seleção de um nome entre os funcionários da empresa”, disse..