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Estado de Minas

Justiça federal ouve testemunhas de ação contra empreiteira


postado em 04/02/2015 15:31 / atualizado em 04/02/2015 15:49

A Justiça Federal em Curitiba (PR), volta a ouvir nesta quarta-feira os depoimentos do delegado da Polícia Federal, Márcio Anselmo, dos executivos da Toyo Setal, Augusto Mendonça e Julio Camargo, que fizeram acordo de delação premiada, além da contadora Meire Poza e de Leonardo Meireles, apontado como testa de ferro de Youssef. Eles depõem a partir das 14h na ação contra a cúpula da empreiteira OAS, acusada de pagar R$ 29 milhões de propina para os ex-diretores da Petrobras, Paulo Roberto Costa e Renato Duque

Nos dias anteriores os depoentes, todos arrolados como testemunhas de acusação pelo Ministério Público, falaram sobre as relações da estatal com a empresa Engevix, além de detalhes sobre as negociações do doleiro Alberto Youssef, políticos e o clube das empreiteiras.

Testemunhas de acusação depõem na tarde deste terça-feira, 4, sobre participação de cúpula da OAS em esquema de corrupção na Petrobras

Cúpula


A ação contra a OAS, que está entre as principais empreiteiras do País, acusa a cúpula da empresa de participar do esquema de desvios de dinheiro na estatal. Dentre os alvos está o presidente da companhia, José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, que está preso desde 14 de novembro sob acusação de integrar o "esquema criminoso" de cartelização, corrupção e propinas que se instalou na Petrobras, segundo a Procuradoria da República.

Além de Léo Pinheiro, outros 8 acusados foram denunciados na ação da OAS - o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, Waldomiro de Oliveira, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, José Ricardo Nogueira Breghirolli, Fernando Augusto Stremel Andrade e João Alberto Lazzari. Desses, seis estão presos, entre eles Léo Pinheiro.

A denúncia da Procuradoria da República mostra que a OAS "logrou sair vencedora, em consórcio com outras empreiteiras, em obras contratadas pela Petrobras referentes à Refinaria Getúlio Vargas (REPAR) e à Refinaria Abreu e Lima (RNEST)".

Na denúncia, os executivos da OAS, Youssef e seus operadores e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa são acusados por terem praticado 20 atos de corrupção e 14 de lavagem de dinheiro. Só pelos contratos da OAS com a Diretoria de Abastecimento da Petrobras, entre 2004 e 2012, o Ministério Público Federal almeja o ressarcimento de R$ 213 milhões, referente aos 3% que eram desviados dos contratos.


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