Venina foi ouvida no Ministério Público Federal no dia 17 de dezembro de 2014 e na Justiça Federal no Paraná, base da Lava Jato, no processo em que são réus executivos da empreiteira Engevix, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. À Justiça, ela declarou que aditivos contratuais geravam uma escalada de preços nos contratos da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
A ex-gerente atribuiu ao ex-diretor de Serviços da estatal petrolífera Renato Duque responsabilidade por essa situação e declarou que um ex-gerente jurídico tentou alertar sobre o esquema de cartelização das empreiteiras e foi punido internamente. Venina era de confiança do ex-diretor de Abastecimento, primeiro delator da Operação Lava Jato, e revelou em novembro que havia alertado internamente o comando da Petrobrás, inclusive Graça Foster, então presidente da Petrobrás.
Ela iria depor novamente na sexta feira, 6, em outra ação penal da Lava Jato. Mas, segundo os procuradores da República Diogo Castor de Mattos e Deltan Martinazzo Dallagnol ela pouco esclareceu sobre os fatos apurados. Assim, o Ministério Público Federal entende conveniente desistir da oitiva de Venina para a audiência de sexta-feira, o que induz a desnecessidade de juntada dos arquivos do seu depoimento, assinalam os procuradores da República..