A diretoria da estatal brasileira renunciou ao cargo, em meio à grave crise financeira decorrente da deterioração do valor de mercado da empresa por conta das denúncias de corrupção investigadas na Operação Lava-Jato da Polícia Federal.
A expectativa, após conversa de Foster com a presidente Dilma Rousseff nessa terça-feira (3/2), era que o comando da companhia fosse trocado até março – para que a atual diretoria conseguisse entregar, à nova cúpula, quadro financeiro mais preciso quanto às perdas decorrentes do esquema de superfaturamento e desvios de verbas. A divulgação do último balanço, atrasado e sem esses dados, pejudicou a credibilidade da petroleira no mercado e foi combustível para o cenário insustentável.
No comunicado divulgado nesta noite, contudo, a Petrobras afirma que a renúncia da presidente e dos outros cinco diretores "terá efeito a partir de sexta-feira (6), data em que o Conselho de Administração se reunirá para eleger os novos membros da diretoria".
Após um dia movimentado, com a renúncia de Graça Foster e especulações sobre o possível sucessor, as ações da Petrobras fecharam em alta. Assim que a ex-presidente da estatal anunciou a renúncia, nesta quarta-feira (4/2), os papéis preferenciais chegaram a subir 6,40%, e os ordinários 7,25%, perdendo força ao longo do pregão.
No fechamento, os papéis preferenciais tiveram alta de 0,20%, para R$ 10,02. Os ordinários valorizaram 1,12%, para R$ 9,90. A Bovespa fechou o dia com alta de 0,69%..