Hoje, Cunha autorizou a criação de nova uma CPI para apurar atos de corrupção na Petrobras entre os anos de 2005 e 2015. A estatal - no centro da Operação Lava Jato da Polícia Federal - está abalada por um escândalo envolvendo denúncias de superfaturamento e de desvios de recursos para o pagamento de propina.
"Vamos dar o prazo para eles preencherem. A gente entende que é uma coisa mais complexa, que tem que se negociar a presidência e a relatoria", afirmou Cunha, ao deixar o plenário da Casa, no início desta tarde.
De acordo com ele, caberá ao PMDB, partido com mais deputados dentro do maior bloco constituído, a escolha do primeiro posto na CPI - no caso, a presidência ou a relatoria. "A contagem das vagas passou a ser pelo bloco. Não tem mais essa história que o PT é a maior bancada", disse. "A prerrogativa de escolha é do PMDB, que é o maior partido do bloco. São acordos políticos que o líder do PMDB terá que fazer."
Caso haja demora na indicação dos membros da CPI pelos partidos - há um instrumento que pode ser adotado para tentar retardar o início dos trabalhos -, o peemedebista alegou que a presidência fará as nomeações.
Senado
A oposição já tem 19 das 27 assinaturas necessárias no Senado para a criação de uma nova CPI para investigar as irregularidades na Petrobrás. A coleta começou na quarta-feira e deve ser concluída na próxima semana.
Segundo o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), a oposição ainda estuda se a melhor saída é fazer uma CPI exclusiva ou uma mista, que reúna parlamentares das duas Casas.
A princípio, a intenção é de que seja criada uma comissão mista, mas há o receio de que, como o Senado tem uma bancada mais governista, os senadores sejam escalados para blindar as investigações, como aconteceu na legislatura passada. (.