O presidente nacional do PT, Rui Falcão, fez uma defesa veemente do tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, acusado pelo ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, de receber cerca de US$ 200 milhões em propina de contratos da Petrobras. "Falsas. Acusações falsas. Todas doações são legais e declaradas à Justiça. Trata-se de uma tentativa de criminalização. Uma coisa induzida que vem sendo feita há muito tempo com o interesse de criminalizar o.PT", disse.
Falcão comentou o assunto ao sair de reunião que escolheu a nova presidente do diretório do PT em Minas, Maria Aparecida de Jesus. O atual presidente, Odair Cunha, teve que se licenciar do cargo para assumir a Secretaria de Governo, na administração de Fernando Pimentel.
Rui Falcão ainda lançou suspeitas sobre a forma como o tesoureiro foi levado para prestar depoimento. Ele disse ainda que a condução coercitiva de Vacari é muito estranha, pois ele tem endereço certo e sabido e não precisaria ter sido levado da maneira que foi para depor. Falcão insinuou que o episódio ocorrido um dia antes do encontro de comemoração dos 35 anos do partido, não foi coincidência.
Mais cedo, o presidente do PT, já havia dito que a prisão de Vaccari não gera "intranquilidade" no partido, que comemora nesta sexta-feira na capital mineira 35 anos de fundação, com a presença da presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. "Tudo vai ser desmentido pelos fatos", disse.
O PT vai comemorar os 35 anos de fundação do partido em ato nesta sexta-feira em Belo Horizonte. A capital receberá militantes petistas de todo o país. O partido ainda poderá contar com um convidado ilustre. A sigla tenta trazer José Alberto Mujica Cordano, o popular Pepe Mujica, presidente do Uruguai, para o evento em Belo Horizonte, às 18h, no Minascentro. A presença do presidente uruguaio na capital mineira ainda não foi oficialmente confirmada.