"A necessidade de uma refundação continua mais atual do que nunca.
Ao contrário de 2005, quando o movimento estava diretamente relacionado ao mensalão, Tarso diz que agora o que impulsiona a necessidade de mudança não é o esquema de propinas na Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato, mas uma crise global dos partidos democráticos, em especial os de esquerda.
"Isso não é uma questão contingente relacionada com aqueles fatos que orientaram essa formulação ou os fatos atuais. É que existe uma crise de perspectivas na esquerda mundial e em todo o campo democrático", afirmou o ex-ministro da Educação e da Justiça, ressaltando que vai lutar pelas mudanças dentro do partido. "É isso que eu, agora como militante avulso dentro do Diretório Nacional, vou continuar fazendo", concluiu.
Tarso voltou a defender que o PT faça uma investigação própria sobre o escândalo da Petrobras por meio de uma análise dos autos da Lava Jato. Segundo ele, isso não significa uma posição contrária ao tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, que foi defendido pelo líder máximo do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas, ao contrário, pode ser uma chance para reforçar a defesa do tesoureiro.
"A questão do Vaccari não é nenhuma novidade em nenhuma parte do mundo em nenhum partido. O que deve ser feito? O partido deve fazer uma investigação direta nos processos e a partir disso fazer um juízo. E o próprio Vaccari é o principal interessado nisso.