O jornal espanhol El País destaca que Bendine é descrito, pelos que o conhecem, como um técnico muito qualificado no mercado financeiro, que agora terá de mostrar "qualidades superlativas para dirigir as tormentas do mundo do petróleo e da Petrobras". O El País pondera, no entanto, sobre o reflexo imediato da indicação de Bendine, com a queda nas ações da petrolífera em mais de 7% após o anúncio do nome do executivo pela imprensa. "O que pode ser uma qualidade para liderar um banco público é visto com cautela para assumir a Petrobras, uma vez que a influência do governo neste momento se mostra preocupante", acrescenta o principal jornal de Madri.
Na capa de sua edição online, o jornal britânico Financial Times colocou que "Ações da Petrobras caem após anúncio de Aldemir Bendine como novo presidente". Segundo o jornal econômico, o mercado esperava que a presidenta repetisse o que fez ao chamar para o Ministério da Fazenda Joaquim Levy, alguém do setor privado, reconhecido pelo mercado financeiro. Para o Financial Times, um dos primeiros desafios de Bendine será conseguir um acordo com a empresa de auditoria externa, a Price Waterhouse Coopers, para eliminação das perdas com o escândalo de corrupção e a divulgação do resultado final auditado de 2014.
O jornal francês Le Monde destaca em sua capa: “Aldemir Bendine nomeado chefe da gigante petrolífera brasileira Petrobras”. O periódico aponta que a falta de experiência em petróleo do novo executivo e sua proximidade com o governo causaram reação negativa do mercado, e acrescenta também o anúncio de Ivan de Souza Monteiro - que foi vice-presidente de Relações com Investidores e de Gestão Financeira do Banco do Brasil, onde trabalhou com Bendine - como diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras.
O The New York Times observou que o novo presidente da Petrobras impulsionou, como presidente do Banco do Brasil, a agenda econômica do governo nos últimos anos, ao mesmo tempo em que também agradou acionistas privados, que viram as ações do banco subirem cerca de 90% em meio à crise financeira global. “Um equilíbrio complicado que será fundamental para a sua sobrevivência em um trabalho muito mais difícil”, ressaltou o jornal norte-americano..