Ao juiz, a ex-gerente disse que recebeu um e-mail de um secretário do conselho com um pedido para alterar a maneira de redigir os relatórios. Pelo que Venina contou a Moro, a forma como que redigiu seus relatórios "não estava dando conforto para a diretoria aprovar o investimento".
No depoimento, Venina alegou que não se lembra de quem foi o remetente da mensagem e que não sabe se foi repassada diretamente ou enviada por intermédio de um ex-assessor de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento, de quem era subordinada. Nos estudos técnicos, Venina relatava os valores que seriam investidos e o retorno previsto.
Ela contou também que Paulo Roberto Costa e Renato Duque, ex-diretores de Abastecimento e de Serviços, respectivamente, sabiam que a refinaria Abreu Lima teria retorno negativo de US$ 3 bilhões. Mesmo sendo alertados, ambos determinaram a execução do projeto. A execução foi aprovada em 2012 pelo conselho de administração, com investimentos de US$ 17 bilhões. "Continue a executar os projetos, as licitações, da forma pela qual estamos mandando.