Brasil e Banco Mundial assinam acordo para combate à corrupção

A cerimônia de assinatura, na sede do Banco Mundial em Washington, contou com a participação do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot

Nova York - O Banco Mundial e o Ministério Público Federal do Brasil assinaram nesta terça-feira um acordo para reforçar a cooperação no gerenciamento do risco de corrupção, de acordo com um comunicado divulgado em Washington.
O documento destaca que as duas partes prometem "envolvimento em atividades conjuntas e intercâmbio de informações para prevenir, detectar e confirmar casos de conduta indevida que tenham impacto sobre recursos para o desenvolvimento e crimes".

A cerimônia de assinatura, na sede do Banco Mundial em Washington, contou com a participação do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot.

"Por meio deste memorando de entendimento, nossas instituições podem oferecer, uma à outra, informações para detectar, confirmar e prevenir a fraude e a corrupção ligadas a condutas que possam constituir um crime grave no âmbito da legislação nacional ou uma infração sujeita a sanções de acordo com as regras e políticas do Banco Mundial", declarou o brasileiro no evento, de acordo com o comunicado. Também participou o vice presidente de Integridade do Banco Mundial, Leonard Frank McCarthy.

Lava-Jato

O procurador da República chegou aos EUA no final de semana acompanhado de um grupo de procuradores que atua nos trabalhos de investigação da Operação Lava-Jato. Participa da comitiva o procurador e secretário de cooperação internacional, Vladimir Aras, que faz parte do grupo montado pelo PGR para auxiliar nos desdobramentos da Lava-Jato junto ao Supremo Tribunal Federal.

Ainda hoje, em Washington, Janot vai se reunir com o secretário de Assuntos Jurídicos da Organização dos Estados Americanos (OEA), Jean Michel Arrighi. Ontem, o procurador se encontrou com a subsecretária de Justiça norte-americana, Leslie Cadwell, e com a diretora responsável por investigações criminais na América do Sul, Magdalena Boyton.

Desde o final do ano passado, o Departamento de Justiça dos EUA investiga as denúncias de corrupção na Petrobras, pois a empresa brasileira tem ações listadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

Os brasileiros vão se encontrar ainda com técnicos da Securities and Exchange Comission (SEC), que regula o mercado de capitais dos EUA e que também investiga a Petrobras. A comitiva deve voltar ao Brasil na quinta-feira, 12..