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Estado de Minas

Queda de braço segue na Câmara de BH e adia, mais uma vez, fim da verba indenizatória

O presidente da Casa, Wellington Magalhães chegou a suspender a sessão por cerca de uma hora para construir consenso entre os parlamentares


postado em 10/02/2015 18:43 / atualizado em 10/02/2015 18:56

(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press )
(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press )

Depois de muita discussão e articulação nos bastidores, a Câmara Municipal de Belo Horizonte quebrou o jejum de votações nesta terça-feira. Dois vetos do prefeito Marcio Lacerda (PSB) foram mantidos, mas ainda restaram outros cinco ventos e 58 projetos para serem apreciados. A queda de braço entre os vereadores da base e da oposição seguiu agitando os corredores da Casa hoje. As discussões em torno das mudanças das normas do Legislativo Municipal, que ainda nem começaram a tramitar, estão travando a votação de projetos, entre eles o que põe fim à verba indenizatória, que, mais uma vez, ficou aguardando ser dicutida. A oposição considera que as mudanças em estudo do regimento visam enfraquecê-la para facilitar a aprovação de projetos do Executivo. Após a manutenção dos vetos, a sessão foi encerrada por falta de quórum, mantendo a rotina desde a retomada dos trabalhos após o recesso.

Para tentar desobstruir a pauta, o presidente da Câmara, vereador Wellington Magalhães (PTN), se reuniu com os parlamentares da oposição para tentar construir acordo em relação ao regimento interno. Porém a tentativa foi sem sucesso e a oposição se mantém firme e não aceitou proposta de discutir o texto apenas daqui a 90 dias. Eles batem o pé no prazo de seis meses. Antes da reunião, Pedro Patrus (PT) criticou a estratégia de pôr em discussão, ao mesmo tempo, o projeto de fim da verba indenizatória e o regimento. "Todo mundo quer o fim da verba". O parlamentar ressalta, no entanto, que ao liberar a pauta para votar a verba, eles correm o risco de ver aprovado o regimento.

Nesta quarta-feira os vereadores devem se reunir com Luzia Ferreira, secretária de Governo de Marcio Lacerda, para discutir projetos do Executivo e tentar limpar a pauta. A informação é do líder da bancada do PT, Juninho Paim. "Hoje vamos votar dois vetos, começar a limpar a pauta para, amanhã, reunir com a Luzia", afirmou. Além do regimento interno, oposição se preocupa em relação a outros projetos vindos da prefeitura. Um deles autoriza a venda de lotes no Jardim Canadá, em Nova Lima, próximos à Estação Ecológica de Fechos. O outro se refere aos estacionamentos subterrâneos.

Na queda de braço, além da reunião com Luzia, a oposição ainda conseguiu negociar a possibilidade de votar o regimento apenas no segundo semestre e a inclusão de um substitutivo ao projeto da verba indenizatória que será apresentado com a assinatura de todos os vereadores.


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