"A presidente, de forma clara informou dos limites fiscais que o País tem neste momento. Há uma situação de limite objetivo, fiscal, e há muito trabalho para sustentar um crescimento econômico ainda em 2015 e manter emprego e salário nos próximos anos", disse Rossetto, repetindo o tom de discurso que vem adotando nas últimas semanas.
Principal responsável pela articulação do governo com movimentos sociais, o ministro acompanhou a audiência de Dilma com o presidente da CUT, Vagner Freitas, no Palácio do Planalto, na tarde desta terça-feira. Na ocasião, Dilma foi convidada para participar do congresso nacional da entidade, a ser realizado ainda neste ano.
"A presidente reafirma seu compromisso com os direitos dos trabalhadores. (Na reunião) Apresentou as medidas provisórias, repassou informações importantes em relação à situação fiscal do Brasil, repassamos um conjunto de informações em relação às correções necessárias por conta de situações que devem ser corrigidas e ficamos por aí", relatou o ministro, ressaltando que o governo tem confiança em uma recuperação econômica do País ainda em 2015.
Recuo
Questionado se o Planalto cogitava recuar de algumas mudanças nos benefícios trabalhistas, Rossetto disse que a audiência não foi uma reunião de negociação - e sim de cortesia.
"A negociação se dá no espaço adequado. Foi uma visita da CUT, um convite à presidente Dilma e houve espaço para a troca de opiniões. Houve uma série de sugestões, alternativas levantadas pela CUT", afirmou o ministro. "A negociação e o diálogo se dão no espaço que são as mesas de negociação, que estão em andamento."
Rossetto reiterou que o governo tem confiança na qualidade e na necessidade das medidas.
Na avaliação do petista, o Palácio do Planalto está tomando medidas necessárias para sustentar uma agenda de crescimento já em 2015. "Todos os compromissos de campanha estão reafirmados e todos esses compromissos serão realizados ao longo desses quatro anos", assegurou.
De acordo com o ministro, o governo vai retomar a negociação com as centrais sindicais no dia 25 deste mês, com enfoque em temas referentes ao mercado de trabalho. "Vamos concentrar a agenda no diálogo sobre como enfrentar a informalidade, como avançar no sistema de emprego no nosso País", disse..