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Estado de Minas

O que os deputados estaduais estão votando

Para saber o que os deputados estaduais estão votando de importante, é preciso chegar ao sexto parágrafo do texto aprovado


postado em 11/02/2015 00:12

Você quer saber o que deputados estaduais estão votando de importante? Votação de ontem é um bom exemplo de como conseguir a informação. Na capa do site, nada! Pelo menos até quase 17h30. No ícone “últimas notícias”, entrou às 16h04, sob o título “Aprovada em segundo turno mudança administrativa na ALMG”. Em letras menores, era acompanhado de mais detalhes: “Projeto de Resolução 1/15 também permite pagamento de auxílio-moradia para os deputados”.


Antes, no entanto, já estava no Boletim de Informações do Plenário (BIP), que é possível acessar clicando no link “Reunião ordinária” na caixa de agenda da capa do site. E lá é possível saber que o texto aprovado “altera a Resolução 5.086, de 1990, que dispõe sobre o quadro de pessoal da Secretaria da ALMG, e a Resolução 5.198, de 2001, que modifica a estrutura administrativa da Secretaria da ALMG”.


Para saber o que os deputados estaduais estão votando de importante, é preciso chegar ao sexto parágrafo do texto aprovado: “O projeto revoga o parágrafo 1º do artigo 2º da Resolução 5.459, de 2014, que vedou o pagamento do auxílio-moradia a deputados com imóveis na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Além disso, permite os pagamentos do auxílio-moradia e da verba indenizatória ao parlamentar licenciado para assumir os cargos de ministro de Estado, governador, secretário de estado e de prefeitura de capital ou de chefe de missão diplomática temporária, desde que o deputado opte pela remuneração do mandato”.


E para fechar com chave de ouro, “a emenda nº 1 também faz ajustes no texto do artigo 2º da Resolução 5.459, retirando a limitação de que o benefício do auxílio-moradia seja de no máximo 75% daquele estabelecido para os deputados federais”. Leu direito? “Retirando a limitação.” Tradução simultânea: podem ser equiparados aos valores determinados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para Judiciário, bem maiores.

 

Contra-ataque
Irmão do ex-deputado  Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), que não conseguiu se eleger senador no ano passado, Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) (foto) será o líder do PMDB na Câmara dos Deputados. Também disputavam o cargo Leonardo Picciani (RJ), Marcelo Castro (PI), Manoel Júlio (PB) e Danilo Forte (CE). Ficou combinado que haverá um rodízio entre os candidatos. Cada ano, um deles assumirá a liderança. Só que dá para perceber que serão três anos e há quatro deputados na lista. Deve sobrar para Leonardo Picciani ficar de fora. É que ele tentou atropelar o processo e estava engolindo todos os demais candidatos. Resultado: eles se uniram, fizeram o acordo do rodízio e é só esperar para ver.

 

Então, tá!
A culpa da brutal queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT) é a globalização. Foi esaa a desculpa que encontrou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para sair em defesa do governo da tribuna. “Nós temos uma crise, mas provocada por fatores conjunturais”, disse a parlamentar. Para não dizer que ela falou das flores, Gleisi citou de passagem as denúncias de corrupção na Petrobras “ainda não esclarecidas”. E fechou, acusando a “manipulação da opinião pública”, porque a oposição usa a mídia para atacar a presidente.

 

Panela de pressão
Há mais um motivo para os deputados insistirem tanto na aprovação do aumento da idade de 70 para 75 anos da idade de aposentadoria compulsória dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que cairia em cascata por todo o sistema judiciário brasileiro. É que, à exceção da bancada petista, mesmo partidos integrantes da base aliada estão preocupados com o número de ministros que o PT já indicou e não querem que a legenda passe os 16 anos de poder indicando os integrantes dos tribunais. Afinal, o PT definiria praticamente todos os que substituiriam os atingidos pela compulsória. Haverá pressão para o projeto entrar em pauta o quanto antes.

 

 

Divisão de comissões
O bloco PSDB-PPS-PV-PSB na Câmara dos Deputados já firmou um acordo para a distribuição de comissões da Casa. E os partidos menores esperam que os tucanos cumpram, como prometeram. Assim o PSDB, terceira maior bancada da Câmara, teria direito a duas comissões. E PV, PPS e PSB ficariam com uma comissão cada. O martelo, no entanto, só deve ser batido na semana que vem. No caso dos verdes, porém, já há um acordo interno. Se a comissão do partido for a de Meio Ambiente, o presidente a ser indicado é o deputado Sarney Filho (MA). Já se couber à legenda uma outra comissão, quem vai assumir o comando é o deputado Fábio Ramalho (PV-MG), mais conhecido como Fabinho Liderança.

 

A voz do leitor

 

“Não entendi a ‘surpresa’ dos principais gabinetes de Brasília
com a queda da popularidade da presidente. Surpreso estou eu, como
pode, em algum momento, ela ter tido 42% de aprovação”

 

Roberto Boris, leitor, sobre as pesquisas que mostram que a popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT) despencou

 

pingafogo

 

E em São Paulo, hein? A investigação contra o ex-deputado José Aníbal (PSDB-SP) (foto) no caso das obras de ampliação do metrô de São Paulo foram arquivadas. Os petistas da Petrobras devem estar se roendo de inveja.

Aliás, a Petrobras passa mesmo por um inferno astral. Tentou prestar homenagem à memória de Zilda Arns, a criadora da Pastoral da Criança. Logo quem? Era e foi pule de 10 que a família iria recusar. Haja lambança.

Para o ex-senador Pedro Simon (PMDB-RS), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dificilmente será candidato a voltar ao Palácio do Planalto em 2018. Uai, mas será por quê? Simon, que tem experiência, diz que o problema é a crise do PT. Lula não vai querer correr riscos.

Não é à toa que o PT protege tanto o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, nas investigações da Polícia Federal sobre o escândalo da Petrobras. E não se trata de amizade ou de solidariedade. Muito antes pelo contrário.

O PT tem dificuldade de, depois Delúbio Soares no mensalão e agora com Vaccari no escândalo da Petrobras, encontrar quem tope aceitar o abacaxi da tesouraria do partido.

 

 

 

 

 


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