Protesto contra aprovação do auxílio-moradia na porta da Assembleia tem 36 penicos

Juliana Cipriani
- Foto: Juliana Cipriani/EM/D.A Press

No dia seguinte à aprovação da volta do auxílio-moradia para deputados estaduais que tem casa em Belo Horizonte e na sua Região Metropolitana o protesto em frente à Assembleia foi solitário e durou pouco. O professor de história da rede estadual Juvenal Lima Gomes colocou 36 penicos na escadaria de entrada da Casa, na Rua Rodrigues Caldas, para simbolizar aqueles que votaram a favor da regalia.

Questionado por funcionários que entravam e saíam da sede do Legislativo – até mesmo uma deputada que votou contrariamente à norma chegou a passar pelo local – ele explicava que aquilo simbolizava o que fizeram os deputados. “Esses penicos representam os votos, os deputados agiram como penicos, uns verdadeiros depositários de estrume”, afirmou. Minutos depois de colocar os penicos, Juvenal foi interpelado pela Polícia Legislativa, que, alegando se tratar de uma área de segurança, recolheu o material. Ele foi avisado de que teria de protestar do outro lado da rua e pediu para fotografar antes a intervenção, mas foi impedido.

O professor disse receber R$ 700 reais como funcionário público estadual. O auxílio-moradia, que se soma ao salário de R$ 25.322.25, era de R$ 2.850 e, com a resolução aprovada sob vaias ontem pode passar a ser de R$ 4.3 mil.

Veja o vídeo do protesto e o momento em que a polícia legislativa recolhe os objetos:

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