O auxílio-moradia disponível para os deputados estaduais mineiros, agora liberado também para aqueles que têm casa em Belo Horizonte e na região metropolitana, pode custar aos cofres públicos de R$ 8.208.000,00 a R$ 12.607.862,40 ao final dos quatro anos de mandato.
Se permanecer o valor que era vinculado aos deputados federais, de R$ 2.850, cada deputado que receber o adicional para morar perto do trabalho custará aos cofres públicos R$ 34,2 mil por ano, chegando a R$ 136,8 mil nos quatro anos de mandato. Se o valor for alterado para R$ 4.377,73, se equiparando ao que recebem os juízes, essa despesa vai saltar para R$ 52,5 mil anuais e R$ 210 mil nos quatro anos, por cabeça.
O projeto de resolução teve o parecer final aprovado nessa quinta-feira na Comissão de Redação e no plenário. Por não precisar passar por comissões, já que é de autoria da Mesa, ele foi aprovado em tempo recorde, passando em primeiro turno um dia depois de apresentado e confirmado pelo voto de 36 parlamentares nesta terça-feira. Conforme mostrou o Estado de Minas, 33 parlamentares da atual Legislatura declararam à Justiça Eleitoral ter imóveis na RMBH, alguns deles luxuosos e localizados a poucos metros da sede do Legislativo.
A Mesa faz mistério sobre a regulamentação da medida, que, a partir de hoje, pode ocorrer a qualquer momento. Segundo o primeiro-secretário Hely Tarquínio (PV), a norma adicional deve ficar para depois do feriado do carnaval e prever observações sobre a validade e a opção do deputado.
Até o fim de 2013, o auxílio era pago indistintamente e 73 dos 77 deputados o recebiam. Depois das manifestações de junho daquele ano, que pediam entre outras coisas mais austeridade aos políticos, a antiga Mesa da Casa proibiu o pagamento do benefício para quem tivesse casa na Região Metropolitana de BH, o que vigorou durante todo o ano de 2014. O número de quem recebia a verba, que passou a ser devida mês a mês por reembolso, caiu para uma média de 21.
REGALIAS Além do auxílio-moradia, os deputados estaduais e secretários de estado têm direito à verba indenizatória de R$ 20 mil, que nos quatro anos de mandato custará aos cofres públicos mais R$ 19,4 milhões anuais pelos 81parlamentares. Nos corredores da Assembleia, comenta-se que a verba pode aumentar para até R$ 30 mil, o que elevaria a despesa para R$ 29,1 milhões anuais pelos mesmos 81 nomes. Cada deputado estadual tem ainda disponíveis R$ 77.698.50 para contratar funcionários de gabinete..