O deputado federal Capitão Augusto (PR-SP) conseguiu, em apenas duas semanas de mandato, atrair a atenção de todos com quem cruzou na Câmara. Policial militar da reserva, José Augusto Rosa não despertou os olhares apenas por só vestir a farda carregada de condecorações, mas também pelo desejo de dar à legenda que pretende criar em abril — o Partido Militar Brasileiro (PMB) — números polêmicos, entre os quais, o 38, em alusão ao calibre de um revólver, e o 64, em referência ao golpe de 1964.
Munido de 500 mil assinaturas de apoio à legenda, o parlamentar de primeiro mandato pretende ingressar, daqui a dois meses, com a formalização do PMB na Justiça Eleitoral. “Só não escolhemos o número ainda, mas já fizemos uma convenção nacional, recolhemos 500 mil fichas e, inclusive, já tivemos audiência com o ministro Dias Toffolli (presidente do Tribunal Superior Eleitoral). Explicamos a ele que, apesar do nome, não se trata de um partido só para militares, porque não somos preconceituosos, mas uma legenda que tem a alma militar, um partido da direita de verdade”, justificou Capitão Augusto.
O deputado explica cada um dos números sugeridos na convenção nacional para representar a sigla militar nas urnas. “O 18 é importante para nós por ser a idade do alistamento militar e também por significar a maioridade penal que vamos lutar para derrubar. O 38 porque se refere à arma de fogo mais usada pela corporação militar.
Assinaturas
Capitão Augusto pretende definir, em breve, qual será a numeração que levará a 33ª legenda às urnas caso receba o aval do TSE. São necessárias cerca de 478 mil assinaturas para o registro. “Mas a quantidade de assinaturas não é importante. O PMB é um partido que nasce grande porque a corporação militar é considerada a instituição mais respeitada do Brasil . Já estamos em todos os estados, com mais de 1.250 diretórios municipais”, enfatizou o parlamentar..