Em seu perfil no Twitter, o peemedebista negou que tenha privilegiado projetos de interesse da bancada evangélica.
O deputado disse achar "estranho" o destaque do noticiário sobre a criação da comissão especial do Estatuto da Família, projeto de autoria do deputado evangélico Anderson Ferreira (PR-PE) e considera "absurda" a menção à religião quando um parlamentar é evangélico. "Isso é discriminação pura e agride a laicidade do Estado", concluiu. Ferreira é membro da Assembleia de Deus, a mesma de Cunha.
Em longos comentários, Cunha explicou que todos os projetos desarquivados nesta semana e que estejam em fase de análise de uma comissão especial, terão os grupos de trabalho recriados. "Isso não significa que esteja bancando qualquer projeto", escreveu. Ele enfatizou que os desarquivamentos são solicitados por deputados e que o critério é igual para todas as propostas. Ao justificar os desarquivamentos, Cunha afirma que os projetos foram arquivados com o fim da legislatura e que ele está apenas retomando o estágio de tramitação das matérias. "Já recriei e recriarei várias comissões especiais de diferentes projetos em tramitação conforme prevê o regimento", disse.
Logo após ser eleito presidente da Câmara, Cunha solicitou que todas as propostas que apresentou em 12 anos fossem desarquivadas.
Bancada
Cunha também reagiu às informações de que teria interferido diretamente na eleição do novo líder da bancada, o deputado Leonardo Picciani (RJ). O parlamentar disputou a liderança contra Lúcio Vieira Lima (BA) e ganhou por apenas um voto de diferença. O presidente da Câmara disse que defenderá que no próximo ano o líder seja Lúcio..