São Paulo - Em março do ano passado, quando a Operação Lava-Jato já estava em andamento, o deputado estadual Edinho Silva (PT-SP) foi escolhido para ser o tesoureiro da campanha pela reeleição da presidente com uma ordem explícita da própria: blindar a candidatura das denúncias de desvios na Petrobras. Agora que delatores afirmam que parte das doações ao PT são na verdade fruto de propina e a oposição usa as denúncias para pedir o impeachment de Dilma, Edinho afirma em tom de desafio: "Podem vasculhar, nada será encontrado".
Sobre as arrecadações para a campanha, o ex-tesoureiro afirmou que agiu como os tesoureiros das demais campanhas, de empresas sem vínculo contratual com o governo e outras com vínculo. Quanto a estratégia do PT de enfrentar a força-tarefa da Operação Lava-Jato, ele disse que é preciso ter calma e tranquilidade. "Quem governa precisa de estabilidade e paz. Temos que urgentemente operar para acalmar o ambiente político. Mas tem um embate jurídico que precisa ser travado. A grande vítima hoje é o PT, amanhã será o PSDB, depois qualquer outro partido".