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Estado de Minas

Senador tucano quer explicação de Cardozo sobre reunião com advogado da UTC


postado em 18/02/2015 18:19 / atualizado em 18/02/2015 18:54

(foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
(foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse nesta quarta-feira,  que a oposição vai pedir explicações do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por ter se reunido com Sérgio Renault, advogado da UTC - uma das empreiteiras investigadas na operação Lava Jato.

"Queremos que o ministro compareça à Comissão de Constituição e Justiça do Senado para prestar esclarecimentos", disse Cunha Lima em entrevista à Rádio Estadão. O líder tucano disse que a ideia seria convocar Cardozo também a depor em uma futura CPI da Petrobras - caso a oposição consiga instalá-la.

Cunha Lima acusou Cardozo de ameaçar a oposição. "O ministro da Justiça tem feito ameaças veladas à oposição", afirmou. Segundo o senador, Cardozo estaria usando o suposto envolvimento de nomes da oposição nas denúncias de corrupção na Petrobras para intimidar parlamentares. "A oposição não vai calar. Isso não vai nos intimidar, não vai inibir nossa ação."

O líder tucano no Senado afirmou ainda que Renault é um dos advogados de empreiteiras que "andou demonstrando impaciência na carceragem da Polícia Federal" por estar "se sentindo ameaçado pelo governo e pelo PT". Para Cunha Lima, uma evidência de que Cardozo estaria, como apontado por reportagem da revista Veja, trabalhando para conter informações da companhias e possíveis novos acordos de delação premiada.

Cunha Lima fez uma série de críticas à condução da economia pelo governo federal, acusando a gestão Dilma de ser "perdulária", de "quebrar o País" e de promover o "tarifaço". Falou ainda da votação no Legislativo dos vetos presidenciais, que hoje é aberta, e provocou o governo petista ao mencionar a apreciação do veto da presidente ao reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda. "A sociedade vai poder acompanhar no painel eletrônico e ver quem está a favor do trabalhador ou do governo perdulário."

Prevista para a semana que vem, a apreciação do veto presidencial - que promoveu um reajuste à tabela do IR de apenas 4,5% (centro da meta da inflação) - é uma das votações consideradas prioritárias para o Planalto. A manutenção do veto é considerada importante para o ajuste fiscal promovido pelo governo.


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