A distribuição das comissões e lideranças na Assembleia mineira, que não deixou sobrar quase nada para o PSDB, expôs uma insatisfação interna na legenda.
Até o ano passado, o PSDB comandava as principais comissões da Casa. Agora ficou apenas com a de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo, presidida por Antônio Carlos Arantes. A outra que seria dos tucanos, de Minas e Energia – cobiçada ainda mais este ano diante do cenário de crise hídrica –, seria presidida por João Vitor, mas ele teve o nome preterido por Gil Pereira (PP). Segundo o tucano, seu nome caiu depois de ele ser consultado por um deputado ligado a mineradoras e dizer que, apesar de não ser inimigo delas, não iria fazer concessões que fossem prejudiciais ao estado. Foi o estopim para iniciar o fogo amigo.
O deputado reclamou do fato de o PSDB ter cedido ao DEM a liderança do bloco de oposição. Disse ainda que o partido deixou de se empenhar na campanha de parlamentares tucanos que não foram reeleitos para investir em outros nomes que agora foram para o bloco independente no Legislativo.
O deputado João Leite contestou e creditou as críticas do colega de bancada ao fato de ele ter perdido a comissão que estava disputando. “É próprio de jovens, ele ficou sentido. Nós o convidamos para ser líder da oposição, mas ele insistiu nessa comissão que havia outros reivindicando”, afirmou. O tucano disse que o partido teve cuidado, justamente por ser o maior do bloco, para não parecer que queria abocanhar tudo e que para se chegar ao governo é preciso fazer concessões.
Auxílio
A Mesa Diretora da Assembleia deve se reunir nesta quinta-feira para discutir a regulamentação do auxílio-moradia, aprovado semana passada para todos os parlamentares, inclusive os que tenham casa em Belo Horizonte e na sua região metropolitana. A expectativa é pela definição do valor, que alguns dão como certo na Casa que vá passar de R$ 2.850 para R$ 4,3 mil. .