Derrotado nas eleições para a Presidência da República e para o governo do estado, mas no comando da Prefeitura de Belo Horizonte, o PSB mineiro enfrenta uma crise que pode fechar as portas da sede da legenda no estado, que funciona no Bairro Santo Antônio, Zona Sul da capital.
A direção nacional deu prazo até 30 de março para que todas as comissões provisórias municipais que atingiram o percentual de 2% dos votos para o legislativo façam suas convenções para escolher o comando do diretório, mas até agora nenhum município do interior cumpriu a determinação. Já o PSB estadual, que até hoje funciona no estado como comissão provisória, tem até o dia 15 de abril para realizar sua convenção e se transformar em diretório. O comando estadual, hoje presidido pelo deputado federal Júlio Delgado (PSB), pediu o adiamento do prazo para as convenções no interior e o aumento para 3% do percentual exigido nos municípios para a formação dos diretórios. Esse pedido acirrou mais ainda os ânimos, principalmente nas cidades da região metropolitana, onde os dirigentes partido querem a transformação em diretório, o que garante autonomia e dificulta a dissolução por parte da instância superior em função, muitas vezes, de disputas políticas.
Na semana que vem está prevista uma visita à capital mineira do presidente do partido, Carlos Siqueira, do ex-governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e do ex-deputado federal Beto Albuquerque (RS) , que foi candidato a vice-presidente da República na chapa encabeçada por Marina Silva (PSB-AC), integrantes da executiva nacional da legenda. O assunto oficialmente em pauta é o planejamento das ações do partido para a manutenção da Prefeitura de BH no comando do partido, mas a crise da legenda também será um dos assuntos prioritários.