A proposta pode parecer meio absurda, mas ela não é inédita no mundo. Em setembro de 2013, o governo de Israel, no Oriente Médio, criou uma comissão para estudar formas de eliminar o dinheiro em espécie, como medida para combater a sonegação. Ano passado, algumas medidas nesse sentido já foram tomadas, como a imposição de limites para negociações em dinheiro por parte de empresas e também dos cidadãos.
Além de evitar sonegação, uma das justificativas da proposta é combater caixa dois, assaltos e circulação de moeda para abastecer o tráfico e outras atividades econômicas ilícitas. “Como toda transação financeira poderá ser rastreada, ficarão quase impossíveis as praticas destes crimes, pois toda a movimentação seria oficializada através de instituições bancárias e as despesas pessoais através do cartão de crédito ou débito”, justifica o texto do projeto. Para as compras no comércio ambulante e outras operações informais, segundo o deputado, teriam de ser disponibilizados para a população caixas eletrônicos, maquinas de cartões ou telefones celulares e outros dispositivos que podem ser usados para realizar as operação de uma conta para outra.
De acordo com o projeto, na Noruega, país Europeu com pouco mais de 5 milhões de habitantes, apenas em 4% das transações financeiras do país são feitas em dinheiro, e na Suécia, no mesmo continente, esse percentual é menor do que 4%.