O principal objetivo da ex-ministra é conseguir o registro da Rede Sustentabilidade no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A militância fez um mutirão de verão e montou postos de recolhimento de assinaturas durante o carnaval para conseguir as adesões que restam. A expectativa da legenda é de que sejam recolhidas 100 mil novas assinaturas, número que superaria com sobra as cerca de 50 mil que faltaram para o registro da sigla em 2013.
De acordo com a assessoria do partido, não é possível contabilizar a quantidade de assinaturas obtidas porque muitas das fichas ainda estão nas mãos dos militantes. A Executiva Nacional da Rede trabalha com a previsão de que o partido seja reconhecido pelo TSE entre o fim de março e o começo de abril, muito antes de outubro, prazo final para disputar as eleições municipais de 2016. Entretanto, mesmo com o registro concedido, ainda caberá a Marina lidar com as dificuldades de uma legenda iniciante e as consequências das decisões tomadas na campanha eleitoral de 2014.
Aliados também estão ressentidos com a atuação durante as eleições presidenciais de 2014. Célio Torino, que era porta-voz da Rede e membro da Executiva Nacional, fez duras críticas à postura tomada pela ambientalista durante a campanha. “As propostas dela são iguais a dos outros partidos, que representam a casta dominante no país. Marina faria, por exemplo, os mesmo ajustes que Levy está fazendo”, analisa Torino, que pretende organizar uma nova legenda, cujo nome provisório é Avante, com parte da dissidência da Rede.
DIVÓRCIO Além de todos os problemas que cercam o destino político de Marina, ela terá de lidar com a separação do partido que a abrigou. Os laços com o PSB serão definitivamente rompidos após o registro da Rede. Pelo menos é o que afirma o presidente do PSB, Carlos Siqueira, para quem, a partir de então, a relação entre os dois partidos se dará como acontece com qualquer legenda “Não temos expectativa de que Marina fique depois da criação da Rede. Ela tem um projeto próprio, e, apesar da afinidade entre os grupos, nosso apoio ou não à legenda dependerá das propostas dela e dos nossos interesses”, declarou.
Marina não deve disputar cargos eletivos nas eleições municipais de 2016. O foco, novamente, parece ser à Presidência em 2018. Enquanto isso, ela se manterá ativa nas redes sociais.