O prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, foi preso na quinta-feira da semana passada por agentes do Serviço Bolivariano de Informação (Sebin), o serviço de inteligência da Venezuela. Ledezma é um forte opositor ao governo chavista e é acusado pelo presidente Nicolás Maduro de planejar um golpe de Estado.
Ele foi detido em seu escritório e, momentos antes, escreveu em sua conta no Twitter: "meu escritório está prestes a ser invadido por agentes do regime". Em discurso, o presidente Maduro disse que Ledezma "será responsabilizado por todos os seus crimes". O prefeito nega todas as acusações.
Depois do ocorrido, o governo brasileiro evitou fazer qualquer comentário sobre a prisão do prefeito de Caracas. A presidente Dilma Roussef recebeu na sexta as credenciais da nova embaixadora venezuelana, María Lourdes Urbaneja, e disse que não poderia comentar "questões internas" da Venezuela.
Também na sexta-feira, o Itamaraty divulgou nota sobre o assunto, dizendo que o governo brasileiro "acompanha com grande preocupação a evolução da situação na Venezuela e insta todos os atores envolvidos a trabalhar pela paz e pela manutenção da democracia". A nota dizia ainda que o Brasil "reitera seu compromisso em contribuir, sempre que solicitado, para a retomada do diálogo político amplo e construtivo na Venezuela"..